domingo, 28 de setembro de 2014

Petrucci explica a mudunça na dinâmica do Dream Theater após a saída de Portnoy


Steven Rosen do Ultimate-Guitar.сom recentemente conduziu uma entrevista com o guitarrista dos gingantes do metal progressivo do DREAM THEATER, John Petrucci. Um trecho da conversa segue abaixo.

Ultimate-Guitar.сom: Alguma coisa mudou desde que (o baterista) Mike Portnoy saiu?

Petrucci: As únicas coisas que não mudam ao longo do caminho com diferentes membros da banda é a interação de si mesmo com outros compositores e como essa dinâmica altera o resultado da música. Por exemplo, quando nós começamos e Kevin (Moore, teclados) estava na banda e nós estávamos escrevendo músicas juntos, houve uma certa dinâmica lá. Não é que eu mudei a minha abordagem na guitarra ou a minha abordagem composicional, mas é o resultado coletivo que muda porque você está interagindo com outro músico.

Ultimate-Guitar.сom: Isso acontece toda vez que um músico se junta ou deixa a banda?

Petrucci: Sim, muita coisa mudou quando Jordan (Rudess, teclados) entrou na banda há quase 15 anos. Eu tive a experiência de escrever com ele com o LIQUID TENSION EXPERIMENT para dois álbuns e depois, claro, quando ele se juntou ao Dream Theater para o álbum ["Metropolis Pt. 2:" ] "Scenes From A Memory". Mais uma vez, ele é um músico brilhante além de compositor e escrever junto com ele deu uma dinâmica diferente e o material veio de forma diferente. Mas acho que o meu tipo papel permanece consistente. Eu escrevo as letras e isso é uma grande paixão minha. Fui até mais no papel de produtor, que é algo que eu descobri que realmente amo fazer. Eu acho que desde que Mike saiu, foi algo que provavelmente se transformou, assim, isso definitivamente se tornou apenas o meu único esforço, ser o único produtor. Mas sim, eu espero que isso responda à pergunta. É uma resposta complicada, mas ao mesmo tempo simples.

Ultimate-Guitar.сom: Mas os dois últimos álbuns com Mike Mangini na bateria - "A Dramatic Turn of Events" e "Dream Theater" - não se parecem nada com os álbuns que Mike Portnoy tocou. É por causa dessa interação natural que você está falando? Ou é porque você escreveu especificamente diferentes tipos de peças de bateria e grooves para Mike Mangini tocar, algo que você não fez com Mike Portnoy?

Petrucci: É um pouco das duas coisas. Eu acho que, no geral, tem mais a ver com essa coisa orgânica. Um bom exemplo é quando fizemos os testes com os bateristas, os caras foram todos incríveis. Tivemos essas jams e nós apenas tocamos direto com todos esses caras diferentes e cada uma destas jams foram incríveis. Você poderia pegar coisas do que poderia ter sido uma música que você trabalhou. Porque todo mundo tem esse grande espírito de improvisação e criação na hora, além de interagir e ouvir. Mas todos eles têm apenas maneiras diferentes de fazê-lo e estilos diferentes. Você encontra-se deslocando um pouco dependendo de como essa interação esteja indo. Então, essa é a parte orgânica e, como eu disse antes, isso vai mudar com cada músico que você toque. Felizmente, com Mike Mangini, foi uma coisa muito natural e ele foi o único cara que quando tocamos ficamos tipo, "É isso. Isso funciona. Isso é tão natural".

Ultimate-Guitar.сom: Você imediatamente sentiu essa conexão com Mike Mangini, quando ele fez o teste?

Petrucci: Eu senti como se eu tivesse crescido com o cara e fosse tocar com ele para sempre. Aliás esse tipo de interferência e essa interação natural é igual quando eu também desenvolvi meu estilo como um jovem guitarrista, porque eu sempre toquei com bandas diferentes e estilos diferentes. No meu bairro havia uns cinco ou seis grupos diferentes de pessoas que eu tocava.

Nenhum comentário:

Postar um comentário